“Em 1504, sob o reinado de D. Manuel I, numa
sexta-feira, dia 20 de Dezembro, por volta das 9 horas da manhã, o sapateiro
João Pires regressava da missa da ermida do Salvador. Ao passar no campo da feira
de Barcelos, observou na terra uma Cruz de cor preta. Como não quis guardar só
para si aquilo que considerou ser um sinal sagrado, alertou o povo, que
depressa veio ao local.
As cruzes apareciam sob a forma de uma nódoa negra que ia crescendo até se formar uma cruz perfeita, em que a cor não ficava só à superfície, mas penetrava em profundidade na terra. Por mais que se cavasse, sempre se achava.
O “milagre da cruz” originou uma forte devoção popular. Nesse mesmo ano, no local de aparecimento da cruz, foi erguido um cruzeiro em pedra com as dimensões da cruz miraculosamente aparecida. O fervor religioso que gerou foi tal que a população o demonstrou com procissões e ofertas. Estas iriam ser aplicadas na construção de uma ermida logo no ano seguinte – 1505, para a qual um rico comerciante de Barcelos ofereceu a imagem flamenga do Senhor da Cruz.
A imagem do Senhor da Cruz é uma imagem de tamanho quase natural, de madeira de carvalho, dos inícios do século XVI. Apenas o rosto e as mãos estão pintadas.”
As cruzes apareciam sob a forma de uma nódoa negra que ia crescendo até se formar uma cruz perfeita, em que a cor não ficava só à superfície, mas penetrava em profundidade na terra. Por mais que se cavasse, sempre se achava.
O “milagre da cruz” originou uma forte devoção popular. Nesse mesmo ano, no local de aparecimento da cruz, foi erguido um cruzeiro em pedra com as dimensões da cruz miraculosamente aparecida. O fervor religioso que gerou foi tal que a população o demonstrou com procissões e ofertas. Estas iriam ser aplicadas na construção de uma ermida logo no ano seguinte – 1505, para a qual um rico comerciante de Barcelos ofereceu a imagem flamenga do Senhor da Cruz.
A imagem do Senhor da Cruz é uma imagem de tamanho quase natural, de madeira de carvalho, dos inícios do século XVI. Apenas o rosto e as mãos estão pintadas.”
Lenda do Galo de Barcelos
A lenda do galo de Barcelos já é muito antiga. Diz-se que tudo aconteceu no séc. XVI...
A lenda do galo de Barcelos já é muito antiga. Diz-se que tudo aconteceu no séc. XVI...
Conta a
lenda que todos andavam muito assustados em Barcelos por causa de um crime que
lá se tinha passado. É que o criminoso ainda não tinha sido descoberto e isso
deixava as pessoas com medo.
Certo dia,
apareceu na zona um galego (espanhol da região da Galiza) que passou logo a ser
o principal suspeito. As autoridades acharam que era ele o culpado pelo crime e
prenderam-no. O galego
defendeu-se, dizendo que ia a caminho de Santiago de Compostela para pagar uma
promessa, mas ninguém acreditou nele... Com toda a
gente contra o galego, e ele sem poder provar que estava inocente, acabou por
ser condenado à forca. Como
última vontade, o galego pediu que o levassem até ao juiz que o tinha
condenado. Quando o galego chegou a casa do juiz, ele estava a deliciar-se com
os amigos com um grande banquete. Voltou a dizer que estava inocente, mas, mais
uma vez, ninguém acreditou nele… Então, o
condenado reparou num galo assado que estava numa travessa na mesa, prontinho para
ser comido, e disse:
- É tão
certo eu estar inocente como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.
Todos se
riram da afirmação do homem mas, mesmo assim, resolveram não comer o galo. Mas,
quando chegou a hora de enforcarem o galego, na casa do juiz o galo assado
levantou-se e cantou. Afinal, o homem estava mesmo inocente! O juiz
correu até ao sítio onde ele estava prestes a ser enforcado e mandou soltá-lo
imediatamente.
Passados
alguns anos, o galego voltou a Barcelos e mandou construir um monumento em
louvor à Virgem e a São Tiago para lhes mostrar o seu reconhecimento.
Bibliografia
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